segunda-feira, 28 de maio de 2012

Questão Ambiental


Coluna Névio S. Fernandes 
publicada Jornal Correio Lageano dia 26 e 27/05/12

         A questão ambiental está penetrando nos dias atuais, na chamada consciência coletiva, em decorrência do estado de extrema degradação em que está situado o nosso meio ambiente.
       Estamos sentindo na própria pele os efeitos desairosos de um desenvolvimento que julgo mal planejado, de soluções imediatistas, politiqueiras, que teve suas origens na chamada Revolução Industrial.
         Proveniente dessa revolução, crescer, progredir a qualquer preço, são termos que caracterizam os países do primeiro mundo. Em função desses detalhes, os passos da humanidade têm sido considerados acidentais. Os seres humanos já se acostumaram a tomar certas atitudes sem medir as consequências, e, diante disso, está pagando um elevado custo por elas.
          Os leitores mais sensatos e que me leem diariamente, podem estar refletindo com seus botões: “o que temos a ver com isso?” 
         Inicialmente, é preciso refletir sobre o comportamento diário da nossa população, que tem via de regra, implicações culturais e educacionais.
           O cuidado ou a limpeza de nossos logradouros, é um exemplo que posso mencionar em primeiro lugar. O lageano, de um modo geral, nunca teve preocupação de mantê-los sempre limpos. Pobre, rico ou de médias posses, socialmente falando, não titubeia em jogar ao chão uma ponta de cigarro, escarrar nas calçadas, jogar um copinho de sorvete , uma latinha de refrigerante ou uma simples casca de fruta.
          São fatos tão rotineiros na nossa Lages, que nunca alguém chegou ao ponto de considerá-los como sanções punitivas para esse tipo comportamental.
     Quem conhece alguns países europeus, fica sabendo que lá as pessoas sofrem uma pesada multa por sujarem locais públicos, além de sofrerem recriminações de outros indivíduos, vizinhos e pelas próprias autoridades competentes.
          Aqui em nosso país, infelizmente, a imundície grassa livremente.
          Em nossa cidade, por exemplo, tentativas isoladas de campanhas educativas e de ações, feitas pelos poderes públicos, com a participação da iniciativa privada, que deveriam merecer o mais completo respeito, infelizmente não conseguem atingir os objetivos colimados, exatamente por não sensibilizar e nem alteraro comportamento do nosso povo.

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