segunda-feira, 6 de maio de 2013

Centro de Controle de Zoonoses

Hoje começamos a série de publicação referente ao tema do Selo 2013: Proteção e promoção da saúde da população tendo como título: Como conviver com os animais.

O texto de hoje é explicando sobre as atribuições do Centro de Controle de Zoonoses de Lages. 


CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES

Zoonoses de forma simplificada são as doenças dos animais que podem ser transmitidas aos homens.
O Centro de Controle de Zoonoses ou CCZ é uma instituição municipal, vinculada a Secretaria Municipal da Saúde, com competência e atribuição para desenvolver serviços elencados nos Programas de Controle de Zoonoses, de Doenças Transmitidas por Vetores e de Agravos por Animais Peçonhentos.
Abaixo estão elencados alguns serviços e informações a respeito do CCZ:

Registro Geral Animal (RGA)
O Registro Geral Animal é realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), através da microchipagem dos animais domésticos e tem como objetivos principais:
  • Conhecer e dimensionar as populações de cães e gatos;
  • Subsidiar o planejamento das políticas de saúde publica;
  • Conhecer os proprietários e seus animais;
  • Supervisionar e responsabilizar os proprietários pela manutenção de seus animais.

Como é feita a Microchipagem?

-Tendo o tamanho de um grão de arroz, o microchip é aplicado no dorso do animal, entre as escápulas. Não há necessidade de anestesia e o processo é muito rápido.

-Cada chip tem uma numeração diferente que serve para identificar o Registro Geral do Animal (RGA). Através deste número, é possível obter informações como nome do proprietário, endereço, telefone, CPF e RG, além de todos os dados do animal (sexo, tamanho, pelagem, idade).

- Para realizar a microchipagem em seu animal, deve procurar o CCZ, portando RG, CPF e comprovante de residência, além da carteirinha de vacinação do animal, que deve estar em dia.


 Recolhimento Seletivo
O recolhimento de animais da rua ao contrário do que muitos pensam não é atribuição do CCZ, o recolhimento feito é somente nos seguintes casos:
  • Animais portadores de zoonoses;
  • Animais agressivos;
  • Animais promotores de agravos físicos;
  • Animais causadores de danos ao meio ambiente.

 Programa de controle da Raiva
A Raiva é uma doença transmitida quando o vírus rábico, existente na saliva do animal infectado entra no organismo, através da pele ou mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambedura, não existindo necessariamente agressão.

Sintomas indicativos da raiva em animais:
  • Mudança de comportamento;
  • Mudança de hábitos;
  • Salivação abundante;
  • Dificuldade de engolir;
  • Falta de coordenação motora;
  • Paralisia de patas traseiras

O que fazer quando for agredido por um animal:
  • Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão;
  • Procurar com urgência o serviço de saúde mais próximo;
  • Não matar o animal e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva;
  • O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não fuja e possa atacar outras pessoas ou animais;
  • Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento comunique imediatamente o serviço de saúde;
  • Nunca interrompa o tratamento preventivo (vacina), caso tenha sido indicado.

Educação em Saúde

Dentro do Centro de Controle de Zoonoses, a Educação em Saúde elabora e implanta programas educativos; produz materiais didáticos e informativos; auxilia na formação de multiplicadores e colaboradores no controle de zoonoses e vetores. Atua realizando palestras em escolas, universidades, unidades de saúde, associações de moradores, entre outros.


Controle de Animais Sinantrópicos, Peçonhentos e Vetores

Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da vontade deste. Destacamos, dentre os animais sinantrópicos, aqueles que podem transmitir doenças, causar agravos à saúde do homem ou de outros animais, e que estão presentes na nossa cidade, tais como:

- Aranhas;
- Carrapatos;
- Escorpiões;
- Lacraias;
- Morcegos;
- Mosquitos;
- Pombos;
- Pulgas;
- Ratos;
- Taturanas, entre outros.

            Os animais sinantrópicos, como todo ser vivo, necessitam de três fatores para sua sobrevivência: água, alimento e abrigo A água não é fator limitante no nosso meio, mas podemos interferir nos outros dois fatores - alimento e abrigo - de modo que espécies indesejáveis não se instalem ao nosso redor.
Para tanto, é necessário conhecermos o que serve de alimento e abrigo para cada espécie que se pretende controlar e adotarmos as medidas preventivas, de forma a alcançar esse controle, mantendo os ambientes que freqüentamos mais saudáveis e evitando o uso de produtos químicos (os quais poderão eliminar não somente espécies indesejáveis, como também espécies benéficas, além de contaminar a água e o solo), que por si só não evitarão novas infestações.
Assim, o Centro de Controle de Zoonoses oferece alguns conhecimentos básicos sobre a vida desses animais, de modo que a população compreenda a importância de se adotar medidas preventivas no seu lar, no seu local de trabalho, ou mesmo transmitir a outras pessoas essas informações.
Algumas medidas importantes para evitar acidentes com animais peçonhentos:
- acondicionar corretamente o lixo;
- usar luvas e botas em trabalhos externos que tragam algum risco;
- combater proliferação de insetos;
- limpar e arejar diariamente o domicílio;
-examinar roupas e calçados antes de usá-los;
- manter jardins e quintais limpos;
-evitar acumulo de entulhos e folhas secas. 

Importante!
Em caso de acidente por animais peçonhentos nunca fazer torniquete, garrote, cortar ou perfurar ao redor da picada. Não colocar pó de café, folhas ou outros contaminantes. Procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo, se possível levando junto o animal.
Todos os casos devem ser notificados pela Vigilância Epidemiológica.

Programa nacional de combate a dengue

Em Lages, é feita a vistoria semanalmente cerca de 600 armadilhas para detecção precoce do Aedes aegypti - mosquito transmissor da doença, e de 250 Pontos Estratégicos (floriculturas, borracharias, ferro velho, cemitério) quinzenalmente. Após coletadas as larvas de mosquitos coletadas são enviadas ao laboratório do CCZ para se fazer a identificação.

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